a voz da lua indica três livros sobre cura, amor e como sobreviver num mundo em que tudo parece ruir, sobretudo as relações íntimas com os seres humanos e com a natureza.
olho para essas escritoras e penso como, durante meu processo de aprendizado em ganhar autonomia e prazer sendo mulher, minhas referências se tornam cada vez mais diferentes das que eu tinha antes, são mulheres que nada tem a ver comigo, suas histórias são tão distantes do lugar que ocupo e ainda assim elas conversam com aspectos profundos de minha alma e me tornam um ser confiante e sempre disposto a acreditar que as coisas podem ser diferentes.
“I count the ways
I love myself
I’m furthest
from zero
I’ve ever been.”[Roisin]
Estou apaixonada por elas e por mim, percebo que hoje nutro um olhar diferente pelas mulheres que assisto e acompanho artisticamente. É um tesão ver uma mulher tão apropriada de sua história, de si. Parece óbvio, mas isso é um aprendizado que leva anos, reconhecer o talento e a vocação de uma outra mulher. Me sinto entusiasmada quando me deparo com uma mulher que mexe comigo, quero dizer pra ela: sim, sim, sim! eu te entendo, eu também, nossa, senti igual…! Mulheres se conversam de maneira explícita quando são amigas e próximas, mas na arte a gente se conversa clandestinamente, por códigos que só nós mesmas sabemos decodificar. São alguns olhares que se cruzam enquanto a obra nos atravessa. Quanto mais as vejo e sinto, mais amo quem eu sou. E foram poucos os homens que me fizeram sentir isso.
Fuerte!
”Ultimately boys and men save themselves when they learn the art of loving.”
[Bell Hooks]
Segue abaixo os três livros, meus preferidos do ano passado e deste e de toda uma vida, são raridades, meus queridinhos: