escrevo sob uma nova perspectiva. uma casa nova.
ainda não sei qual o melhor cômodo para acolher a minha escrita. tento me encaixar no melhor horário deste novo tempo. me parece que dessa vez se deu assim: hoje, domingo de manhã. todos dormem.
da mesma maneira que se busca com carinho um lugar dentro de um lugar para a leitura de um livro, isso também acontece com a escrita. para mim é uma pesquisa deliciosa ter que me adaptar em um novo ambiente para escrever.
decidi que será na antesala.
à minha frente uma janela sem cortina, com grades decoradas de luzinhas e também bandeirinhas penduradas. meu computador está apoiado numa mesa antiga de madeira. ainda não me acostumei com a cadeira que estou sentada, coloquei uma almofada pra ficar mais confortável. o clima é bom, fora e dentro. a casa tem astral! energia é tudo.
eu amo o silêncio das manhãs de domingo. também amo a sensação de ser daqui, mas também de não pertencer exatamente a este lugar. vivo aqui hoje, mas sei que existe um outro destino que me aguarda, e o melhor:
eu não sei qual é.
eu assisti faz um tempo o documentário sobre o chef de cozinha norte-americano Anthony Bourdain. ele era um cara que viajava muitíssimo e num dado momento ele fala sobre isso, sobre como ele queria ser uma pessoa 'normal':